Condenado na Espanha, Ancelotti não cumprirá pena e segue à frente da Seleção Brasileira
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Foto: Shutterstock - Condenado na Espanha, Ancelotti não cumprirá pena e segue à frente da Seleção Brasileira
Treinador da Seleção Brasileira é condenado por fraude fiscal na Espanha, mas não cumprirá pena por não ter antecedentes criminais
O técnico da Seleção Brasileira, Carlo Ancelotti, foi condenado a um ano de prisão por fraude fiscal na Espanha, mas não deverá cumprir pena em regime fechado. A decisão foi emitida nesta quarta-feira, 9 de julho, pelo Tribunal de Madri, que também estipulou uma multa de 386 mil euros, aproximadamente R$ 2,4 milhões, ao treinador italiano.
A acusação se refere ao ano de 2014, período em que Ancelotti comandava o Real Madrid. Segundo o Ministério Público espanhol, ele teria deixado de declarar parte de seus rendimentos relacionados ao uso de direitos de imagem. Inicialmente, os promotores pediam até cinco anos de prisão, mas a pena foi reduzida após a defesa do técnico apresentar documentação e valores já pagos ao fisco espanhol.
A Justiça também determinou que Ancelotti fique temporariamente impedido de receber benefícios públicos ou fiscais na Espanha por três anos. Apesar disso, como o treinador não possui antecedentes criminais e já havia quitado os débitos com o apoio do Real Madrid, a punição não implica em reclusão obrigatória.
A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) afirmou que acompanha o caso de perto, mas ressaltou que o processo está sendo tratado exclusivamente pelo staff jurídico do treinador. A assessoria de Ancelotti preferiu não comentar a decisão.
Fontes próximas ao treinador indicam que a sentença foi recebida com alívio por sua equipe de defesa. Além da pena mais leve, ele deverá ser reembolsado parcialmente. Ancelotti havia depositado antecipadamente 1,2 milhão de euros, cerca de R$ 7,6 milhões, como forma de demonstrar boa-fé e alegar erro, e não má-fé, na declaração fiscal.
O treinador foi absolvido das acusações referentes ao ano de 2015. Em depoimento ao tribunal, Ancelotti declarou que nunca teve intenção de burlar o sistema tributário espanhol. Ele também afirmou que desconhecia qualquer irregularidade no processo de recebimento de seu salário à época.
A decisão não altera, por ora, os planos da CBF em relação à Seleção. Carlo Ancelotti segue à frente do projeto visando a Copa do Mundo de 2026.
Por Redação RSC
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