Lançamento será nesta terça-feira (06)
A NASA está prestes a lançar um satélite inovador nesta terça-feira, com o objetivo de analisar os "sinais vitais" do nosso planeta e obter uma compreensão mais profunda de sua saúde, especialmente dos oceanos e da atmosfera. O lançamento do satélite PACE, a bordo de um foguete SpaceX Falcon 9, está programado para 01:33 (08:33 em Cabo Verde) do Cabo Canaveral, na Flórida.
O PACE representa um avanço tecnológico significativo, pois um de seus sensores é capaz de distinguir até 256 cores nos oceanos, em comparação com os sensores anteriores, que podiam detectar menos de dez tonalidades.
Segundo a oceanógrafa da NASA, Violeta Sanjuan, o PACE será colocado numa órbita mais distante que a Estação Espacial Internacional, a cerca de 677 quilômetros da Terra.
Este satélite é revolucionário porque fornecerá informações detalhadas sobre os oceanos, especialmente sobre o fitoplâncton, algo nunca antes alcançado. Apesar de representar apenas 1% da massa vegetal total do planeta, o fitoplâncton é responsável pela produção de aproximadamente 50% a 60% do oxigênio disponível na Terra.
A missão PACE, cujo nome em inglês significa Plâncton, Aerossóis, Nuvens e Ecossistemas Oceânicos, é única pois não apenas analisará o fitoplâncton em detalhes, mas também examinará sua interação com aerossóis e outras substâncias na atmosfera.
O satélite é equipado com três instrumentos, incluindo um sensor capaz de identificar até 256 cores nos oceanos, uma enorme melhoria em relação aos instrumentos anteriores.
Determinar as cores específicas do fitoplâncton é crucial, pois elas variam de acordo com a espécie. Este organismo desempenha um papel vital na cadeia alimentar e no ciclo de vida, além de ser fundamental para o equilíbrio climático.
Compreender a saúde dos oceanos é essencial, já que eles são considerados os "pulmões" do nosso planeta, destacou Sanjuan.
A missão PACE, com um custo de 946 milhões de dólares, se junta a uma frota de vinte satélites que monitoram diversos aspectos da Terra, representando um avanço significativo na compreensão e na preservação do nosso planeta.
Por Redação RSC com informações LUSA
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