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Política

Lula critica operação no Rio e pede investigação com participação da Polícia Federal

  • Imagem Edgar Su/Reuters - Lula critica operação no Rio e pede investigação com participação da Polícia Federal

Presidente classificou ação que deixou 121 mortos como “matança” e defendeu apuração independente para esclarecer as circunstâncias das mortes

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendeu nesta terça-feira (4) que legistas da Polícia Federal participem da investigação sobre a operação policial que deixou 121 mortos no Rio de Janeiro na semana passada, entre eles, quatro policiais. Durante entrevista às agências Associated Press e Reuters em Belém (PA), Lula classificou o episódio como uma “matança” e pediu que as circunstâncias das mortes sejam apuradas de forma independente.

“A decisão do juiz era uma ordem de prisão, não uma ordem de matança, e houve matança”, afirmou o presidente. Ele explicou que o governo está articulando para que a PF atue no processo de investigação, acrescentando que há “muitos discursos e versões diferentes” sobre o ocorrido. O Supremo Tribunal Federal (STF) deve realizar uma audiência nesta quarta-feira (5) para tratar do caso.

A operação, considerada a mais letal da história do Rio de Janeiro, foi realizada no último dia 28 de outubro e tinha como alvo integrantes do Comando Vermelho (CV) nos complexos do Alemão e da Penha. O governador Cláudio Castro (PL) classificou a ação como um sucesso, afirmando que as únicas vítimas foram os quatro policiais mortos em confronto.

Na contramão dessa avaliação, Lula afirmou que, “do ponto de vista da ação do Estado, a operação foi desastrosa”. O presidente também destacou a importância de investigar se todas as mortes ocorreram nas condições relatadas pelas forças de segurança.

O ministro Alexandre de Moraes, do STF, determinou que o governo estadual preserve todos os elementos materiais da operação, como perícias e cadeias de custódia, para permitir o controle e a averiguação do Ministério Público e da Defensoria Pública.

Na mesma entrevista, Lula reforçou que o combate ao crime organizado deve ser feito de forma coordenada, mas sem colocar em risco “policiais, crianças e famílias inocentes”. 

Por Redação RSC, com informações G1

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