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Segurança

Operação nacional desarticula quadrilha que chantageava vítimas com imagens íntimas e exigia automutilação

  • Imagem iStock - Operação nacional desarticula quadrilha que chantageava vítimas com imagens íntimas e exigia automutilação

De acordo com a investigação, o grupo agia nas redes sociais e em aplicativos de relacionamento, onde estabelecia contatos com as vítimas

Cinco homens foram presos em uma operação policial que desarticulou uma quadrilha suspeita de extorquir meninas e mulheres com o uso de imagens íntimas, obtidas por meio de manipulação virtual. A ação, coordenada pela Polícia Civil do Rio de Janeiro, aconteceu nesta segunda-feira (30) e teve abrangência em oito estados e no Distrito Federal, com o cumprimento de mandados em 21 municípios.

De acordo com a investigação, o grupo agia nas redes sociais e em aplicativos de relacionamento, onde estabelecia contatos com as vítimas. Após conquistar a confiança delas, os suspeitos incentivavam o envio de conteúdo íntimo e, em seguida, passavam a fazer ameaças de divulgação pública caso não atendessem ordens impostas.

Entre as exigências, estão relatos de automutilação, com as vítimas sendo forçadas a gravar vídeos escrevendo os nomes dos agressores no próprio corpo. A polícia também identificou ameaças de exposição familiar e até práticas de violência psicológica extrema, como a exigência de sacrifício de animais de estimação.

Mais de 200 mil arquivos contendo fotos e vídeos foram apreendidos durante a operação, batizada de Abraccio. As imagens, segundo os investigadores, expõem jovens em situações humilhantes, muitas vezes forçadas sob coação e chantagem emocional. O conteúdo, classificado como misógino e racista, circulava em grupos virtuais fechados.

Os presos foram identificados como homens entre 18 e 24 anos. Um deles é militar da Aeronáutica, suspeito de aliciar vítimas e coordenar os chamados “desafios” impostos ao grupo. Um sexto integrante está foragido.

As apurações começaram após a denúncia da mãe de uma adolescente de 16 anos, que descobriu que a filha vinha sendo coagida por um dos suspeitos. A jovem teve fotos íntimas divulgadas após não cumprir uma das exigências do grupo. A investigação apontou que, mesmo com obediência parcial às ordens, as vítimas eram expostas e humilhadas publicamente.

As autoridades reforçam que o número de vítimas pode ser muito maior e pedem que possíveis novos casos sejam denunciados. A delegada responsável pela operação, Fernanda Fernandes, classificou as ações do grupo como uma forma de “tortura psicológica” com o objetivo claro de dominação, medo e humilhação.

A Delegacia de Atendimento à Mulher de Duque de Caxias (RJ) segue responsável pela investigação, que ainda está em andamento.

Por Redação RSC

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