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Cristianismo

Coluna #9: Quando a vergonha cala… e o erro persiste

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Por Duda Indalêncio

Nesta semana, uma influencer cristã conhecida foi questionada durante uma live sobre qual considerava ser seu maior pecado. A resposta surpreendeu muitos: ela revelou ter sido viciada em pornografia. Em pouco tempo, o trecho da transmissão se espalhou por páginas e perfis cristãos, acompanhada de comentários, análises e claro, julgamentos.

Vi vídeos que tratavam o tema com surpresa, como se fosse algo “demais” para vir de uma mulher. Outros a parabenizaram pela coragem de expor sua dor e testemunhar sua libertação. Mas aqui, mais do que a confissão em si, quero falar sobre o que vem antes da libertação: o processo.

A pornografia é um vício que há muito tempo foi erroneamente rotulado como “problema masculino”. E isso tem silenciado muitas mulheres cristãs, jovens, líderes, que estão lutando sozinhas contra algo que não sabem como vencer. O ciclo é cruel: culpa, vergonha, silêncio… repetição.

A influencer contou que sentia que era uma hipócrita na igreja. Atuar no ministério enquanto carregava um segredo a fazia sentir-se uma fraude. Mas não parou por aí. Ela decidiu encarar sua dor, reconhecer a ferida e buscar em Deus a força para se levantar.

Quantos de nós estamos precisando fazer o mesmo?

Cristãos erram. Isso já falamos em outra coluna. Mas o maior erro é fingir que está tudo bem quando o coração grita por socorro. A vergonha paralisa. A culpa corrói. E o pecado cresce onde a luz não entra.

A boa notícia é que Jesus não tem nojo da nossa dor. Ele não se escandaliza com nossos vícios ou quedas. O que Ele deseja é transformar. “Se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo para nos perdoar…” (1 João 1:9). É esse o caminho: não o da perfeição fingida, mas o da rendição e entrega completa.

Se você está lutando contra algo que parece maior que você, lembre-se: você não precisa vencer sozinha. Há poder na vulnerabilidade. Há graça no processo. E há esperança para quem decide parar de esconder e começar a entregar.

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