Alunos da aldeia Tekoá Marangatu participam de projeto que une leitura e cultura Guarani
Por Duda Indalêncio
Ontem vi um vídeo no Instagram que me fez pensar muito. Era o corte de um filme em que a protagonista conversava com um amigo e dizia quem ela queria ser. Ela falava que queria ser aquela pessoa que os outros procuram para pedir conselhos, a pessoa que, quando conta uma história, todo mundo para pra ouvir. No fim, ela dizia que queria sentir que não era apenas mais uma.
Fiquei com esse vídeo na cabeça. Comecei a pensar sobre quem eu queria ser. Queria falar um pouco mais alto, sem medo de que minha voz passasse despercebida. Queria envolver as pessoas em conversas divertidas, ser aquela que sabe conversar sobre tudo com todo mundo. Queria ter um jeito gracioso de fazer as coisas, delicado, leve.
Percebi então que muitas vezes eu quero ser coisas que admiro em pessoas que amo. A gente costuma valorizar o que vê de bonito nos outros, mas se esquece de reconhecer o que há de bonito em nós mesmos. Perdemos tempo tentando ser o reflexo das qualidades que chamam nossa atenção, enquanto deixamos de descobrir e valorizar as nossas próprias.
Lembrei de um trecho de C.S. Lewis que diz: “Quanto mais deixamos que Deus assuma o controle sobre nós, mais autênticos nos tornamos - pois foi Ele quem nos fez.” Essa frase revela algo profundo sobre nossa identidade. É quando estamos perto do Criador que encontramos a resposta para a pergunta “Quem eu sou?”.
A Bíblia diz que fomos feitos à imagem e semelhança de Deus (Gênesis 1:26). Isso quer dizer que há um reflexo divino em cada um de nós, uma essência única que Ele colocou ali, antes mesmo de qualquer rótulo ou comparação, antes do pecado.
Você não é só mais um(a). E eu também não sou. Somos únicos de muitas formas diferentes, e Deus aprecia essa diversidade. Quando permitimos que Ele nos guie, Ele faz bom uso daquilo que somos - do nosso jeito, da nossa voz, das nossas peculiaridades.
Então, talvez a pergunta não seja mais “quem eu quero ser”, mas sim “quem Deus me criou para ser”. E nessa descoberta, encontramos a beleza de sermos exatamente quem somos - com Ele.

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