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No Rio, G20 aprova taxação de super-ricos e aliança global contra a fome
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Imagem Ricardo Stuckert/PR - No Rio, G20 aprova taxação de super-ricos e aliança global contra a fome
O G20 reúne 19 países e duas organizações regionais, representando cerca de 85% da economia global
Os líderes do G20, reunidos no Rio de Janeiro, aprovaram nesta segunda-feira (18) medidas históricas que incluem a taxação progressiva de indivíduos super-ricos e a criação de uma Aliança Global contra a Fome e a Pobreza. O G20 reúne 19 países e duas organizações regionais, representando cerca de 85% da economia global.
A proposta de taxação progressiva busca assegurar que pessoas com patrimônio líquido extremamente alto contribuam de forma significativa para a redução das desigualdades sociais e o fortalecimento das finanças públicas. O texto destaca a importância de mecanismos antievasão fiscal e a troca de melhores práticas entre países para garantir a eficácia dessas medidas.
Estudos preliminares indicam que uma taxação de 2% sobre o patrimônio dos super-ricos, grupo estimado em cerca de 3 mil pessoas, pode gerar US$250 bilhões anuais. Esses recursos seriam destinados ao combate à desigualdade social e ao financiamento de ações climáticas. O documento não estabelece uma alíquota fixa, respeitando a soberania tributária de cada país.
Combate à fome
Outro ponto de destaque foi o lançamento da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, iniciativa brasileira que obteve adesão de 82 países e diversas organizações multilaterais. A aliança tem como objetivo promover a segurança alimentar e a erradicação da pobreza, utilizando estratégias baseadas em evidências e lideradas por países.
A carta final enfatiza que o mundo possui recursos suficientes para erradicar a fome, mas requer maior vontade política para garantir acesso universal a alimentos. Em 2023, cerca de 733 milhões de pessoas enfrentam insegurança alimentar, com mulheres e crianças entre as mais afetadas.
Transição de liderança
Com o encerramento da cúpula, a presidência do G20, ocupada pelo Brasil em 2024, será transferida para a África do Sul em 2025. Durante o período de liderança brasileira, os principais temas abordados incluíram o combate à fome, a reforma das instituições multilaterais e o enfrentamento às mudanças climáticas, destacando o papel do Brasil no cenário global.
Por Redação RSC, com informações da Agência Brasil
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