Quadrilha é alvo de megaoperação por golpes contra idosos em cinco estados do país
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De acordo com as investigações, os criminosos usavam empresas de fachada para convencer os idosos, em sua maioria com média de 69 anos, a ceder direitos sobre ações judiciais em troca de um percentual que raramente passava dos 3%
Uma operação deflagrada nesta terça-feira (22) pelo Ministério Público de Santa Catarina revelou a ação de um grupo criminoso suspeito de enganar centenas de idosos em todo o Brasil, desviando mais de R$ 5 milhões por meio de falsas promessas envolvendo créditos judiciais.
A ação, batizada de Operação Entre Lobos, mobilizou equipes do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas) em 12 cidades de Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Alagoas, Bahia e Ceará. Foram expedidos 13 mandados de prisão e 35 de busca e apreensão, além do bloqueio de contas que somam R$ 32 milhões.
De acordo com as investigações, os criminosos usavam empresas de fachada para convencer os idosos – em sua maioria com média de 69 anos – a ceder direitos sobre ações judiciais em troca de um percentual que raramente passava dos 3%. As vítimas acreditavam estar recebendo apoio jurídico legítimo, mas acabavam assinando documentos que transferiam todos os valores para as empresas envolvidas.
Os alvarás de liberação dos valores eram expedidos em nome do escritório de advocacia do homem apontado como líder da organização, com recursos sendo rateados entre os membros da quadrilha. Em muitos casos, os idosos sequer sabiam do andamento das ações que corriam em seus nomes.
O MP aponta ainda que as empresas Ativa Precatórios, de Pinhalzinho (SC), e BrasilMais Precatórios, de Fortaleza (CE), aparecem como principais beneficiárias do esquema. Juntas, receberam mais de R$ 6 milhões, mas repassaram menos de R$ 600 mil às vítimas.
A operação revelou ainda planilhas internas detalhando a divisão dos lucros e comissões, além de documentos que comprovam o uso indevido de procurações. Os suspeitos devem responder por estelionato, organização criminosa, patrocínio infiel e lavagem de dinheiro.
As defesas das empresas citadas foram procuradas, mas não se manifestaram até o momento.
Por Redação RSC
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